Resenha: Vermelho, Branco & Sangue Azul


Filme baseado no best-seller da Casey McQuiston.



 Vermelho, Branco & Sangue Azul (Red, White & Royal Blue), com direção e roteiro de Matthew Lopez, é um filme de 2023 e, na verdade, uma adaptação do livro homônimo da escritora americana Casey McQuiston.

 A história gira em torno do relacionamento entre os personagens principais que se inicia com uma rivalidade antiga, mas que acaba se tornando um romance. Como são figuras públicas de grande relevância, eles optam por manter tudo de forma casual e em segredo.

 É uma Comédia Romântica cheia de clichês habituais do gênero. Porém, com um diferencial: a temática LGBT. É certo que atualmente está sendo cada vez mais comum explorar romances homoafetivos em outros gêneros que não o drama. Vermelho, Branco e Sangue Azul é um exemplo dessa nova fase do audiovisual.

 O filme mostra a transição de inimigos a amantes entre os personagens Alex e Henry. E enquanto o primeiro é o filho da presidente dos Estados Unidos, Henry é nada mais, nada menos que um príncipe da coroa britânica. Entre uma desavença e outra — na qual foi possível nos proporcionar momentos hilários como a afamada cena do bolo — o relacionamento dos dois vai evoluindo até se tornar uma amizade e então, finalmente, um relacionamento amoroso.

 Com carisma e muita química em cena, os atores Nicholas Galitzine e Taylor Zakhar Perez, nos papéis de Henry e Alex (respectivamente), prende nossa atenção na cena e faz com que conectemos com seus personagens. O jeito que a rixa dos dois se desenvolve e se transforma em amor é muito natural. E, mesmo sendo uma comédia romântica leve e descontraída, os dramas comuns a comunidade LGBTQIAPN+ estão presentes e é um dos principais conflitos internos do príncipe Henry — mais do que é para o Alex.

 Este, por sua vez se mostrou disposto a enfrentar junto ao Henry qualquer adversidade que pudessem passar juntos. O que nos rendeu uma das cenas mais românticas de todo o longa. O momento em que Alex vai dos Estados Unidos até a Grã-Bretanha só para declarar o seu amor garantiu para nós expectadores um dos diálogos mais bonitos e profundos de todo o filme. O que contrastou com cenários anteriores onde as falas pareciam terem sido escritas por pré-adolescentes de tão bobas que eram.

  Mesmo com essas ressalvas, admito que é um bom filme. É muito satisfatório ter filmes clichês voltados para o um público ignorado por tanto tempo.

 No geral, eu gostei. É bobo, divertido e um ótimo entretenimento para quem curte clichês e quer fazer sorrir o coração. Caso tenha interesse, você pode encontra-lo disponível no catálogo da Prime Video. 

Nota: 9,8/10 

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